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terça-feira, 27 de julho de 2010

Em encontro com empresários,Serra diz que pais não pode ser governado para os partidos


Rodeado por 497 empresários e políticos, o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, criticou a política econômica do governo Lula, afirmou que o País vive uma desindustrialização com ameaças de voltar a ser agroexportador e voltou a atacar o que ele chama de "patrimonialismo sindical", oriundo, segundo ele, do PT. Serra participa nesta segunda-feira (26) de um almoço em São Paulo com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

"Precisamos de um País governado por partidos, mas não para os partidos", afirmou Serra, para depois atacar a "falta de planejamento" e o "loteamento político". "Está tudo loteado, tudo, tudo", disse, para em seguida citar as agências reguladoras que coordendou enquanto ministro da Saúde.

O tucano disse ainda que é necessário ter prioridade para governar. "Quando tudo é prioridade, nada é prioritário. Uma hora, o óleo de mamona salvaria o Brasil. Agora, a mamona está esquecida".

Para Serra, "o Brasil esta vivendo um processo de desindustrialização e de primarização de sua economia". O candidato ao Palácio do Planalto uso o exemplo da celulose que, segundo ele, é exportada para a China e depois é importada novamente. "Alguns defendem que o Brasil volte a ser um País agroexportador. Tornar o Brasil um país de serviços é uma economia infantil, pois não são capazes de puxar o Brasil", afirmou.

Serra destacou ainda que uma outra possibilidade é tornar a indústria do Brasil "mais forte, como fizeram os asiáticos". "A diminuição do desemprego e da informalidade, a demanda de emprego é enorme. Não há economia que possa ser puxada por exportação de commodities, do ponto de vista de emprego (...) o setor de calçados, estamos sendo invadidos pelos chineses, assim como o setor têxtil", disse.

Sobre economia, o tucano afirmou: "o problema que temos por diante é o tripé maligno, o maior juros real do mundo - disparado -, a maior carga tributária do mundo em desenvolvimento e penúltimo País do mundo em matéria de investimento governamental". Serra lembrou ainda que sua adversária Dilma Rousseff (PT) disse que o juros para o Brasil era muito bom. "Mas esqueceram de avisá-la que deveríamos comparar o Brasil com países em desenvolvimento equivalente, não com a Suíça", destacou.

Em referência ao governo Lula, o candidato do PSDB disse: "eles escolheram fazer um Estado de bem estar social com base em impostos (...) para não termos pobreza, precisamos crescer a 4,5% ou 4,6% ao ano".

Lide
Para integrar o Lide, é preciso ter um faturamento acima de R$ 200 milhões ao ano. O presidente do grupo João Dória Jr. começou o seu discurso elogiando a pontualidade de Serra e foi aplaudido: "contrariando algumas expectativas". O candidato confessou ter pedido ao empresário para que enfatizasse sua pontualidade e que o atraso de 15 minutos teria se dado por conta de uma breve reunião feita em uma sala reservada.

À mesa com 17 empresários, estava o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, seu vice, Indio da Costa, o governador do Estado de São Paulo, Alberto Godman, o prefeito da capital, Gilberto Kassab, o candidato ao governo paulista Geraldo Alckmin, o presidente da OAB-SO, Luiz D'Urso, e os senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Sérgio Guerra (PSDB-PE), que é o coordenador nacional da campanha e presidente da sigla. Na plateia, mais tucanos em meio a empresários: José Anibal, Walter Feldman, Bruno Covas, Marisa Serrano e Jaime Campos.

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