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sábado, 30 de janeiro de 2010

Governador José Serra entrega chaves dos apartamentos de conjunto habitacional em Itanhaém









O governador José Serra e o secretário da Habitação, Lair Krähenbühl, entregaram, nesta sexta-feira, as chaves de 352 apartamentos dos conjuntos Verdes Mares II e III, em Itanhaém. Ao todo, são 22 prédios de quatro andares.

“Este é um trabalho que nós temos feito em toda a Baixada Santista. Temos tido uma ação de moradia bastante importante aqui em toda a região administrativa de Santos. Na Baixada Santista tinham sido entregues até 2006, pela CDHU, pelo Estado, cerca de 10.700 unidades”, disse Serra.

Com 50,98 metros quadrados de área construída, os imóveis têm dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. A CDHU investiu R$ 16,1 milhões nos dois empreendimentos, que contam com centros de apoio comunitário, churrasqueiras, playgrounds, guaritas, estacionamentos e tratamento paisagístico.

As famílias beneficiadas foram selecionadas por meio de sorteio público, realizado em agosto do ano passado. O prazo para quitar o financiamento é de até 25 anos. As prestações serão subsidiadas pelo Governo do Estado e calculadas de acordo com a renda familiar. Quem ganha até três salários vai desembolsar 15% dos rendimentos. Em Itanhaém, 84% das famílias que receberam as chaves dos imóveis estão nessa faixa.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Aécio diz que,em Minas vai "entregar" vitória a Serra


Governador só deve decidir em maio se será ou não o vice

Tucanato festeja os palanques do ‘triangulo das Bermudas’








O PSDB está exultante. Celebra a resolução dos problemas que o atormentavam numa região eleitoralmente estratégica: o “triângulo das Bermudas”.



É como os políticos se referem ao pedaço do mapa que concentra os três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas e Rio.



Para Serra, a obtenção de boas votações nessas praças é vital. Uma forma de atenuar a desvantagem que amarga no Nordeste, região onde o prestígio de Lula é maior.



Parte da celebração tucana se deve ao comportamento de Aécio Neves. O governador de Minas fez nos últimos dias declarações que soaram como música.



Eis o que disse Aécio, em privado, na semana passada: “Em Minas, vou entregar a vitória ao Serra”.



A justificativa empresta credibilidade ao comentário de Aécio. Afirma que o triunfo mineiro de Serra interessa a ele próprio.



Por quê? Ouça-se Aécio: “Vou fazer a minha parte porque quero chegar a Brasília forte”. Acha que sua força depende do êxito de Serra e de Antonio Anastasia.



Anastasia é, hoje, vice-governador de Minas. Foi guindado por Aécio à condição de candidato a governador. Frequenta o terceiro lugar nas pesquisas.



De resto, o tucanato enxergou nas manifestações reservadas de Aécio a abertura de uma porta que parecia fechada.



O governador mineiro já não soa peremptório quanto à escolha do cargo que irá disputar em 2010. Ainda pende para o Senado. Porém...



Porém, Aécio já considera a hipótese de se render à pressão que o empurra para a posição de vice na chapa presidencial da oposição.



A julgar pelo que diz entre quatro paredes, Aécio vai prolongar a dúvida quanto ao seu futuro até maio, um mês antes das convenções partidárias.



No cenário esboçado por Aécio, a candidata petista Dilma Rousseff vai tomar o elevador nas pesquisas, encurtando a diferença que ainda a separa de Serra.



Nessa hipótese, imagina Aécio, seu cacife aumenta. Negociaria sua eventual entrada na chapa em condições mais favoráveis que as atuais.



Deve-se outro pedaço da euforia tucana ao detalhamento do acordo que pôs de pé, no Rio, a candidatura de Fernando Gabeira (PV).



Depois de um vaivém incômodo, Gabeira topou disputar o governo do Estado, em aliança com os três partidos que gravitam na órbita de Serra: PSDB, DEM e PPS.



No primeiro turno, Gabeira se dedicará à sua própria candidatura e à de Marina Silva (PV), a presidenciável do PV.



Mas, com um candidato a vice tucano e um postulante ao Senado do DEM, Gabeira abrirá espaço em sua propaganda televisiva para vozes que farão soar no Rio o nome de Serra.



Mais: passando ao segundo turno, como a oposição espera, e confirmando-se o embate nacional PT X PSDB, Gabeira estará à vontade para propagandear a opção por Serra.



Quanto a São Paulo, Estado em que o PSDB exerce a hegemonia política há mais de 16 anos, consolida-se o palanque de Geraldo Alckmin.



Alckmin belisca índices que roçam os 50% nas pesquisas. Embora torcesse o nariz o correligionário, Serra parece agora bem mais afeito à idéia de digeri-lo.



Contribui para atenuar a aversão a Alckmin a erosão da popularidade de Gilberto Kassab (DEM), o aliado que Serra acomodou na prefeitura de São Paulo.



Minado por recentes reajustes de tributos e ilhado pelas enchentes, Kassab arrosta o seu pior momento. Serra, também molhado pelas chuvas, não se livra do contágio.



Trabalha para envernizar sua imagem. Mimetiza a dupla Lula-Dilma, intensificando as inaugurações e vitaminando a publicidade.



Como parte desse esforço, a opção por Alckmin revela-se mais segura. Ainda que imponha a digestão de alguns sapos.



No mais, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, pretende trabalhar, nas próximas semanas, para pôr de pé os palanques de Serra no Sul.



É uma região em que o tucanato costuma obter boas votações. Em 2006, Alckmin prevaleceu sobre Lula no Sul.



Por ora, soltam-se fogos pelo triângulo. Junto com a Bahia, São Paulo, Minas e Rio concentram quase metade (48,7%) do eleitorado brasileiro.



Vale rememorar os resultados de 2006. Em São Paulo (29,4 milhões de eleitores), Alckmin bateu Lula, no segundo turno: 52,26% a 47,74%.



Em Minas (14,1 milhões de eleitores), Lula prevaleceu sobre Alckmin: 65,19% a 34,81%. Daí a importância do arregaçar de mangas do popular Aécio.



No Rio (11,3 milhões de eleitores), Lula também surrou Alckmin: 69,69% contra 30,31%. Por isso, os fogos pela entrada de Gabeira, terceiro colocado nas pesquisas, no ringue.



A oposição aposta no êxito de Serra no triângulo porque Dilma não é Lula. E a capacidade de o presidente transferir votos parece ser menor nesses Estados.



Dá-se o oposto no Nordeste. Ali, o prestígio de Lula é mais expressivo. Em 2006, beliscou 77,1% dos votos disponíveis na região, contra 22,9% dados a Alckmin.



Ainda que consiga penetrar nos Estados menos desenvolvidos, Serra e seus aliados sabem que os principais lances do jogo sucessório serão jogados no Sudeste, seguido pelo Sul.

Via Josias de Souza.