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sábado, 20 de março de 2010
Pesquisa CNI Ibope mostra consolidação de Serra
Lançamento da pré- candidatura tucana
deverá ser no dia 10 em Brasília
- Ao avaliar a pesquisa Ibope sobre sucessão presidencial, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), destacou a consolidação do candidato tucano, o governador José Serra (SP). A declaração aconteceu em conversa com internautas do Twitter. Ferramenta, aliás, que, segundo ele, está definitivamente incorporada à campanha do partido.
Para o senador, os números não mostram mudanças importantes. "José Serra não fez outra coisa senão manter suas intenções de voto. Em setembro, Serra tinha 35% das intenções de voto. Em novembro, subiu para 38%. Agora, em março, 35%", analisa. Ao mesmo tempo, a ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, registrou o crescimento – de 17%, em novembro de 2009 para 30%, em março – já era esperado tanto pela super-exposição que tem tido e, principalmente, em função da campanha ilegal que tem feito.
De acordo com a pesquisa, Serra lidera com 35% da preferência do eleitorado, contra 30% da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT. O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem 11%. A senadora Marina Silva (PV-AC) aparece com 6%. O Ibope ouviu 2.002 pessoas entre os dias 6 e 10 de março, em 140 municípios.
Guerra anunciou ainda que José Serra deve lançar sua candidatura à Presidência no dia 10 de abril. "O governador de São Paulo, José Serra, deverá anunciar a sua candidatura no próximo dia 10 em um grande evento em Brasília", disse.
Veja abaixo trechos da entrevista:
ANÁLISE ELEITORAL
Primeira avaliação: José Serra manteve suas intenções de voto. Em setembro, Serra tinha 35%, segundo o mesmo Ibope. Em novembro, subiu para 38%. Agora, em março, 35%. Mantivemos uma posição estável, com o governador em São Paulo, sem andar pelo Brasil, sem aparecer nas redes de televisão, senão governando seu próprio estado.
O governador tomou essa decisão de governar São Paulo. Não foi fácil porque havia pressão para ele sair, da mesma maneira que havia necessidade que ele ficasse em São Paulo. Essa necessidade ficou mais que evidente com as chuvas que caíram sobre São Paulo de maneira brutal nos últimos meses. Serra operou esse tempo todo como governador, não operou como candidato, não se deslocou como candidato, não apareceu nas grandes redes de televisão, senão algumas vezes cuidando dos problemas de São Paulo.
Nesse mesmo período, a ministra Dilma andou o Brasil inteiro numa campanha ilegal, no avião do presidente, com combustível da União, nas festas que a União paga, feita pelos estados. É gente do PT que está sempre presente nessas festas e são movimentadas de um lugar para o outro, para comparecer e dar a sua palavra. E nós não fizemos nada disso.
A ministra Dilma, cresceu, mas o que cresceu muito foi o conhecimento do povo brasileiro de que ela é candidata. Aliás, eu não conheço nenhum eleitor da Dilma, eu conheço eleitores do Lula que votam na Dilma. A Dilma, em novembro, era muito conhecida por 30% dos brasileiros. Agora, em março, ela é muito conhecida por 44% dos brasileiros. Nesse período, 14% a mais de muito conhecimento dos brasileiros. Ficou cada vez mais conhecida como candidata do Lula: quase 60% dos brasileiros já sabem que a Dilma é candidata do Lula, espontaneamente. É claro que isso dá a ela o crescimento, que nós sempre prevíamos e que apenas se confirmou de maneira muito moderada, inclusive.
Não tem mais esse fantasma de que quando as pessoas forem informadas de que a Dilma é a candidata do Lula, ela vai ter um crescimento enorme. Todos, ou quase todos, já sabem que ela é a candidata do Lula.
Nós temos pesquisas toda semana, todo tempo, em várias áreas do Brasil. Vou dar o exemplo do Rio Grande do Sul. Lá nós aparecemos nessa pesquisa com 2% a mais sobre a ministra Dilma. Temos uma pesquisa feita no Paraná pouco tempo atrás. Nós temos 46%, a ministra Dilma 18%. Esse cenário, aliás, eu posso reproduzir no nordeste.
Pesquisas locais estão dando um resultado, pesquisas nacionais estão dando outro. No Centro-Oeste também. No Centro-Oeste, eu vi pesquisas agora do Goiás, grande maioria para nós. Do Mato Grosso, maioria folgada para nós. E do Mato Grosso do Sul, maioria confortável. Apesar disso, a gente tem uma posição que não parece tão brilhante nas pesquisas nacionais.
DE ONDE VEIO O CRESCIMENTO
A Dilma subiu 15 pontos percentuais de setembro a março. Sabe de onde veio o voto da Dilma? 6 pontos do Ciro, 2 pontos da Marina, que não fizeram campanha. Só quem faz campanha é a Dilma. Outros 6 pontos percentuais ela foi buscar em brancos e nulos e 2 pontos em pessoas que estavam desinformadas.
Nem 1 (um ponto percentual) do Serra. As intenções de votos de Serra estão totalmente confirmadas. Por muito mais do que um em cada três brasileiros. Essa posição nos dá muita confiança para começar a campanha. Vamos começar a campanha na lei, coisa que eles não fazem. E vamos fazer o que o povo espera que seja feito logo adiante.
O povo vai olhar para a candidata e dizer: Não é a Lula, é a Dilma Rousseff. Esse aqui é o José Serra. José Serra é um cara que começou a vida na política estudantil. Foi presidente da UNE, no tempo em que a UNE era uma instituição que representava verdadeiramente os estudantes. Depois foi exilado.
Volta para o Brasil e disputa eleição de deputado federal. Foi um dos melhores deputados federais que a Câmara já viu. Depois senador, prefeito, ganha eleição, perde eleição. Vai ser ministro da Saúde, o melhor ministro da Saúde que o Brasil já teve. Assume a prefeitura de São Paulo e dá um banho. Agora, no governo do Estado de São Paulo, o governo de SP investe mais do que a União inteira em todo o Brasil, no famoso PAC da Ministra, que não rende nada além de propaganda. Então, eu estou certo de que estamos em um bom caminho. Essas pesquisas são pesquisas do momento e são boas para nós.
LANÇAMENTO DA CANDIDATURA
Estamos trabalhando com a hipótese de lançá-lo, e os partidos fazerem esse lançamento, no dia 10 de abril. Quando o Serra sair do governo, vem a Semana Santa. Quando terminar a Semana Santa, ele será candidato. Nada mais lógico, mais tranqüilo, mais seguro e mais correto.
O anúncio será em Brasília. Brasília é a capital do Brasil, aqui é a síntese das influências brasileiras e é da tradição brasileira que as campanhas sejam lançadas aqui. Nós vamos lançar a campanha do nosso candidato aqui, com brasileiros de todo lugar.
AVALIAÇÃO DOS CENÁRIOS ESTADUAIS
Nós estamos muito mais competitivos nessa eleição do que estivemos na eleição passada. E bem mais competitivo do que o Partido dos Trabalhadores. Nós vamos disputar a eleição em São Paulo e ganhar a eleição em São Paulo, com o candidato do PSDB. Em Minas Gerais, nosso candidato, Antonio Anastasia, já beira os 20% das intenções de voto. Eu não tenho dúvida de que o candidato de Aécio, o Anastasia, que é um grande cara, um grande administrador público, vai ter uma grande vitória lá.
No Paraná, eu não duvido um segundo da nossa vitória. Pesquisas nos dão uma grande margem e nosso candidato, prefeito Beto Richa, está crescendo, já abriu 10% sobre os concorrentes. Nós vamos disputar para ganhar a eleição no Tocantins, com o governador Siqueira Campos. No Mato Grosso, nosso candidato, lançado nesta semana, Wilson Santos, lidera as pesquisas.
Nós vamos, com muita probabilidade, ganhar a eleição do Goiás. Marconi Perillo está na liderança com folga e os adversários dele não se lançaram ainda. Nós temos muita chance de eleger outros governadores. Enfim, nossa posição nessa campanha, do ponto de vista de eleição de governadores, é de bastante conforto.
Vamos disputar no Rio Grande do Sul. Nossa governadora está crescendo. Ela cresceu 10% nos últimos 30 dias. O povo começa ver o que ela fez como governadora para gaúchos e a campanha que sofreu. O PSDB vai sair muito mais forte nessa eleição do que entrará nela.
INSTRUMENTO DE CAMPANHA
O PSDB vai usar os meios digitais o tempo todo. Essa campanha será nova, vamos fazer uma campanha nova, incorporando ferramentas como Twitter.
Fonte: Agência Tucana
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