O professor e cientista politico,Francisco Moreira,apesar de reconhecer que a preparação dos quadros são importantes para as disputas eleitorais,critica o fato de os partidos só trabalharem em função das eleições.
Até setembro deste ano, os cidadãos que pretendem concorrer aos cargos de vereadores e prefeitos em 2012 já devem estar devidamente filiados nos partidos políticos em que desejam disputar as eleições. Esta exigência, que vem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é o principal motivo da realização, por parte das siglas estaduais, de encontros para novas filiações que devem ocorrer durante 2011.
Nada de anormal até aí, não fosse, segundo o professor e cientista político, Francisco Moreira, o fato de os partidos políticos só trabalharem em função das eleições. “Na verdade, muitos partidos funcionam unicamente no períodos eleitorais”, criticou o cientista.
Para Moreira, o que existe é a ausência de siglas que participem da política da maneira como a população “espera”. “Nos períodos que não sejam de eleição, o que se espera é que eles preparem os seus quadros e realizem cursos efetivamente”, ressaltou Moreira, que também apontou que os partidos têm obrigação de zelar pelo seus programas e corrigir erros cometidos no decorrer das eleições.
Temáticas relacionadas à saúde, educação, meio ambiente, segurança pública e transporte urbano deveriam ser, de acordo com o professor, tratadas e estudadas com frequência pelos partidos. “Eles passam ao largo destas questões”, criticou.
No entanto, ele reconhece que a preparação dos partidos para as disputas nas urnas no próximo ano é um passo à frente dado pelas siglas. “O fato dos diretórios municipais estarem se preparando na perspectiva de 2012 já é algo positivo”, assume.
Críticas
Além da insuficiência na formação política das siglas, outro aspecto incomoda o cientista: o crescimento dos partidos em função da “atração pelo poder”.
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