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quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Discurso da derrota de José Serra tem choro e aplausos,candidato cita hino nacional para dizer que não fugirá da luta
Com olhos marejados, semblante de decepção e sob aplausos de quem o esperava. Foi assim que o candidato José Serra (PSDB) chegou ao comitê central de sua campanha, no centro de São Paulo, duas horas e meia depois da divulgação de sua derrota na disputa pela Presidência da República e da vitória da petista Dilma Rousseff.
Ao descer do carro, na porta do comitê, uma sequência de abraços o aguardava. Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Roberto Freire (PPS-SP) compunham o batalhão de aliados vindos de todo o país que se revezavam para consolar o candidato desolado. No palco, faltou espaço para tanta gente.
Logo que começa a falar, o discurso foi interrompido pelo som de uma TV que vazava pelas caixas de som. A propaganda anunciava o próximo capítulo do Vale a Pena Ver de Novo, mas, embora a história tenha se repetido para o tucano oito anos depois, o programa anunciado não era sobre Serra.
O discurso prossegue e, em tom de agradecimento, as interrupções agora eram por conta dos aplausos da plateia, formada por militantes que estiveram no comitê ainda durante a apuração, na esperança de uma virada e, depois do resultado, permaneceram para devolver o agradecimento.
- Não vim aqui pra falar da frustração, mas da confiança e da esperança. Nesses meses duríssimos em que enfrentamos forças terríveis.
Próximos a Serra, assessores que sofreram ao lado do candidato os “meses duríssimos” choravam. Na plateia, as lágrimas também rolavam. E mais aplausos.
Verônica Serra, filha do candidato e que teve seu nome ligado a escândalos durante a campanha, gravava em sua câmera digital o discurso emocionado do pai. Foi ela que, enquanto o tucano listava os nomes que ganhariam um “agradecimento especial”, cochichou o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no ouvido do candidato, que perguntou no microfone.
- O Fernando Henrique está aqui?
Não estava.
Lembrando discurso emocionado que fez durante a campanha, pouco antes do primeiro turno, Serra encerrou sua fala derradeira citando versos do hino nacional, incentivando um coro de militantes.
- Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta, nem teme, quem te adora, a própria morte.
O recado estava dado.
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2 comentários:
Pois é...ele escolheu o tom de sua campanha e pagou caro pela sua opção.
Não sou levou o Brasil ao ódio, ao rancor e a infamia da calunia e difamação, como não colheu o fruto tão desejado.
E com certeza, o partido saiu dividio, fraturado em suas raízes democrqticas.
Lamentável a conduta politica deste homem que se diz tão preparado e capacitado.
Qual luta a que o Serra se refere?
Á sua luta insana - custe o que custar - pelo poder máximo na Nação?
Ou a sua luta para que o Brasil finalmente vença o fosso das desigualdades sociais, responsáveis pela pessíma qualidade de nossa educação, pela total falta de dignidade no atendimento de saude pública, não só com os pacientes, como também pelos funcionários, pela igualdade de oprotunidades para os realmente capacitados e não apadrnhados?
Precisa-se falar de qual espécie de luta...pois não basta lutar e nem vencer...
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