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quarta-feira, 31 de março de 2010
Em despedida,Serra diz que governo deve ter honra e não pode ser conivente
'Repudiamos protagonismo sem substância que alimenta mitologias', disse.
Sou considerado um grande obsessivo, mas minha grande obsessão foi servir aos interesses gerais do meu estado e do meu país (...) Estou convencido que o governo, como as pessoas, tem que ter honra. Assim falo não apenas porque aqui não se cultivam escândalos, malfeitos, roubalheira. Mas porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito"
Diante de um auditório ocupado por cerca de 5 mil convidados e com transmissão ao vivo pela internet através do portal do governo do estado de São Paulo, o governador José Serra (PSDB-SP) fez na tarde desta quarta-feira (31) o discurso de despedida do cargo. Em tom emotivo, ele fez referências indiretas aos adversários políticos e rebateu críticas que costumam ser associadas ao seu perfil político.
O evento começou com uma hora de atraso em relação à programação oficial. Ele evitou fazer um balanço com números do governo, que afirmou ainda continuará com a gestão do vice Alberto Goldman. Serra disse que em sua fala iria avaliar "valores, critérios e princípios" que nortearam seu trabalho.
"Este é um governo de caráter, não cedeu à demagogia, à soluções fáceis e erradas para problemas difíceis, nem se deixou pautar por particularismos e mesquinharias", disse.
"Sou considerado um grande obsessivo, mas minha grande obsessão foi servir aos interesses gerais do meu estado e do meu país", disse. "Estou convencido que o governo, como as pessoas, tem que ter honra. Assim falo não apenas porque aqui não se cultivam escândalos, malfeitos, roubalheira. Mas porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o malfeito", disse, sendo aplaudido pela plateia.
"Nós repudiamos sempre a espetacularização, a busca da notícia fácil, o protagonismo sem substância que alimenta mitologias", afirmou, dizendo que seu governo sabe que não há contradição entre melhorar a condição dos que mais sofrem e planejar o futuro.
Ele lembrou que, ao longo de sua carreira política, foi aconselhado a ser mais "atirado", a "buscar mais holofotes", a ser notícia. Afirmando que prefere manter suas convicções, disse que seu estilo não se presta a isso. "Procuro ser sério, mas não sisudo. Realista, mas não pessimista. Calmo, mas não omisso. Otimista, mas não leviano. Monitor, mas não centralizador", disse.
O governador ainda destacou o fato de que considera seu governo popular e listou programas sociais, e também ressaltou a geração de 1 milhão de empregos com investimentos diretos e indiretos.
Ele citou como um ponto alto do seu governo a inauguração do Rodoanel, evento que foi inicialmente anunciado como uma vistoria das obras que ainda não foram abertas para a circulação dos carros. Foi muito aplaudido ao lembrar da conversa que teve com um operário e declamou uma poesia que ele associou ao momento.
Lema do estado
Durante o discurso, Serra evitou citar sua candidatura, mas disse estar preparado para uma nova etapa, quando foi ovacionado. Ele agradeceu o estado e lembrou o atual lema de São Paulo: "pro brasilia fiant eximia", que em latim significa "pelo Brasil façam-se grandes coisas". Emocionado, ele se despediu em tom de palanque: "vamos juntos, o Brasil pode mais", disse.
Por G1,São Paulo.
terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Datafolha confirma liderança folgada de Serra com 36%
Extraído de: PSDB - 27 de Março de 2010
Pesquisa divulgada neste sábado, 27 de março, mostra resultado de 4158 entrevistadas. Segundo a Folha de São Paulo, "Serra abre 9 pontos sobre Dilma e se isola na frente". Em um eventual segundo turno, o tucano venceria a petista por 48% contra 39%.
O pré-candidato à Presidência do PSDB, José Serra, abriu nove pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff , mostra pesquisa Datafolha publicada na edição deste sábado da Folha.
O Governador paulista tem 36% e a petista 27% das intenções de voto.Na pesquisa realizada em fevereiro, Serra tinha 32% e Dilma 28%.
Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% (tinha 12% em fevereiro). Marina Silva (PV) está estacionada e manteve os 8% obtidos no mês passado.
A pesquisa, registrada sob o número 6617/2010, foi realizada nos dias 25 e 26 com 4.158 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento, foi realizado nos dias 25 e 26 de março.
Dos 4.158 brasileiros com mais de 16 anos entrevistados, 7% disseram que vão votar branco, nulo ou estão indecisos e 11% não souberam responder.
No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano também venceria por uma diferença de nove pontos. Serra aparece com 48%, contra 39% de Dilma. Em fevereiro, os percentuais eram de 45% e 41%, respectivamente.
quarta-feira, 24 de março de 2010
PSDB e DEM fecham chapa Alckmin-Afif para Governador de S/P
PSDB e DEM estão prestes a anunciar aliança para a eleição ao governo do Estado de São Paulo. O tucano Geraldo Alckmin deve encabeçar a chapa que deve ter Guilherme Afif Domingos como vice. Ambos ocupam secretarias do governo e devem deixar os cargos para a disputa já na semana que vem. As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
Possível concorrente de Alckimin nas prévias, o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, anunciou que vai concorrer a uma vaga no Senado, deixando o caminho livre para o secretário de Desenvolvimento.
Segundo o jornal, Aloysio atendeu ao pedido do governador e pré-candidato tucano à Presidência, José Serra. O anúncio da chapa só deverá acontecer após o lançamento da candidatura do governador à Presidência, no dia 10 de abril.
A chapa DEM-PSDB deve se aliar ainda com o PMDB-SP. Confirmada pelo presidente regional do partido, Orestes Quércia, a aliança renderá 60% do horário eleitoral: 10 dos 18 minutos de programa a ser veiculado a partir de 17 de agosto.
Fonte-Jornal folha de São Paulo
Ser ou Ser
O maior companheiro da dúvida é a certeza. Hamlet, que produziu a grande indagação de toda literatura ocidental, tinha o destino inteiramente definido. José Serra também. É candidato à Presidência da República. Sem o destino trágico do príncipe.
Desde que iniciou sua carreira política, na União Estadual dos Estudantes de São Paulo, os olhos do jovem estudante de engenharia, proveniente da Mooca, bairro de imigrantes italianos da capital paulista, brilhavam quando se falava de política.
Com o tempo, ampliado o espectro da política estudantil nacional, Serra viajava constantemente para o Rio de Janeiro, no Trem Azul, porque tinha medo de avião. Inconformado com a presença de estranhos na cabine, sempre reservava para si o leito de cima e de baixo.
Viajei algumas vezes com ele para o Rio de Janeiro, pois eu fazia o contato do governo Carvalho Pinto com o meio estudantil, como jovem subchefe da Casa Civil.
Tenho a convicção de que desde essa época, Serra já era candidato à Presidência da República.
Tornou-se presidente da União Nacional de Estudantes e sua carreira, como a de tantos outros jovens talentosos, como a do próprio José Dirceu, foi atropelada pela revolução.
Serra militava na AP (Ação Popular), desdobramento político da JUC (Juventude Universitária Católica). Mas professava a utopia no lugar do misticismo. Teve que mudar de rumo. Saiu da POLI-USP, foi para o exílio. Virou estudioso de economia. Saiu do Terceiro Mundo para conviver com a elite da economia do subdesenvolvimento, no Chile, e do desenvolvimento capitalista, em Cornell, nos Estados Unidos.
Nunca fou um súdito ortodoxo dos pensamentos da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe)nem das teorias da dependência de Fernando Henrique Cardoso. Exercia voos livres, como os da economista Maria da Conceição Tavares, e isso transparece tanto no seu doutorado quanto nos seus artigos.
Serra saiu do jejum militante na primeira eleição direta para governador, quando Franco Montoro se candidatou pelo MDB, em 1982, e tornou-se governador em 1983.
Serra tinha vocação de administrador, como bem o demonstrou no cargo que Montoro lhe conferiu, secretário de Planejamento, a quem competiu produzir e conduzir o orçamento do Estado. Montoro governava as necessidades, Serra, os meios.
Ao fim do governo Montoro, elegeu-se deputado, demonstrando tenacidade eleitoral. Eu próprio desisti de minha candidatura, a pedido de Montoro, em favor de Serra, após ter sido secretário da Cultura, mesmo porque eu não tinha a menor vontade de ser político profissional. Serra era político nato. Só pensava nisso, com a credencial de ter sido um respeitável condutor das finanças.
Serra ajudou o planejamento do governo Tancredo. Depois da morte de Tancredo, disputou inúmeros postos legislativos e executivos. Foi candidato a prefeito, a presidente, a senador e a governador de São Paulo, como todos sabem. Tornou-se conhecido em todo o Brasil com essas candidaturas, perdedoras e vencedoras, seguindo o conselho de Montoro: "Político deve se candidatar sempre".
Candidato à sucessão de Lula, todos lhe cobram o lançamento oficial de sua candidatura. Serra resiste. Alguns atribuem a atitude a uma indecisão que lhe permitiria desistir. Outros à estratégia de não ser bombardeado antes da hora.
Quase todos esquecem de uma razão moral para isso. Serra não acha ético oficializar uma candidatura antes da desincompatibilização.
Contudo, tranquilizou seus amigos, dizendo que será candidato na hora correta. Sua campanha já está sendo organizada pelo companheiro José Henrique Lobo no ritmo que a legalidade recomenda.
Nenhuma pesquisa, oito meses antes das eleições e ainda muitos dias antes da oficialização de sua candidatura, deverá antecipar seu anúncio.
Nem mesmo a desejada candidatura de Aécio à vice-Presidência deverá mudar essa atitude.
Isso não quer dizer que o maior companheiro da certeza não seja a dúvida.
Jorge Da Cunha Lima, 78, jornalista, escritor e poeta, é presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta e vice-presidente do Itaú Cultural
segunda-feira, 22 de março de 2010
Fernando Henrique diz que é hora de começar campanha
Em entrevista no Rio, Fernando Henrique Cardoso defendeu que o PSDB não espere oficializar candidato para fazer propaganda e disse que discussão sobre royalties é 'patética', segundo o site G1.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta quinta-feira que está na hora de o PSDB começar a fazer campanha política. O ex-presidente participou da abertura do ciclo de palestras sobre Joaquim Nabuco, na Academia Brasileira de Letras, no Centro do Rio.
"As coisas têm o seu momento, eu acho que agora é o momento, tem que atuar, tem que crescentemente falar. Nós temos que dizer ao que estamos vindo", afirmou o presidente para jornalistas após a palestra, depois de declarar: "Houve uma precipitação do presidente da República ao fazer campanha abertamente, então deu a impressão de que os outros estão atrasados. Mas na verdade a época apropriada é agora."
O ex-presidente comentou também a multa de R$ 5 mil que um ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fazer campanha política antecipada: "Vamos ajudá-lo a pagar, vamos fazer uma vaquinha para pagar. Não quero fazer críticas à Justiça. Eu acho que a questão não é dinheiro, é mais moral."
Fernando Henrique destacou também que o partido poderia fazer campanha antes mesmo do anúncio de um candidato. "Uma coisa é o candidato, outra coisa é a campanha. Eu não sei por que o partido tem que esperar que alguém diga que é candidato para fazer propaganda. Deve fazer o quanto antes, isso não é uma questão do candidato. O partido tem que ter autonomia, até que eles se declarem candidatos. É preciso difundir mais". Mas destacou que o papel do candidato, numa democracia de massa, é fundamental na escolha do voto da população.
"Claro que a palavra que conta é a palavra dos candidatos. A política brasileira não é diferente da americana, depende muito da mensagem de quem é candidato. A palavra do candidato é que define efetivamente, não é o programa do partido. Acabou de ser publicado o programa do PT. Se a candidata disser o que o programa diz, ela vai perder a eleição. Ela vai falar outra coisa. Ela sabe disso e vai falar outra coisa. O que vale mais é o programa do PT ou a palavra da candidata? É a palavra da candidata."
O ex-presidente afirmou que quando o governador José Serra, começar a falar, será mais fácil "mobilizar o país".
Fernando Henrique entrou também na polêmica da distribuição dos royalties do petróleo. Uma emenda aprovada pela Câmara dos Deputados reparte os recursos da exploração do petróleo no mar, inclusive fora da camada do pré-sal, entre todos os estados e municípios de acordo com os critérios dos fundos de participação. Com isto, segundo estudo feito pela assessoria do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), o Rio de Janeiro, por exemplo, perderia cerca de R$ 5 bilhões de arrecadação. O Espírito Santo perderia anualmente R$ 400 milhões.
"Essa discussão é sexo dos anjos. Você está disputando distribuir royalties que não existem, eu acho patético. Nos tínhamos que estar discutindo qual a melhor maneira de distribuir o petróleo. É a partilha mesmo, essa nova proposta da criação de uma ‘petrosal’ é boa, até que ponto? Tem que discutir o modelo. Eu vejo com certa preocupação o fato de o congresso ter se dedicado à discussão da distribuição dos royalties."
Extraído de: PSDB RJ
domingo, 21 de março de 2010
Após anúncio de Serra Aécio diz que PSDB precisa de discurso
governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), considerou positivo o anúncio da candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência da República. Aécio, que desistiu de concorrer à sucessão presidencial, disse, no entanto, que o PSDB precisa agora "construir o seu discurso".
"Agora, mais do que o anúncio, o PSDB tem de construir o seu discurso. Mostrar à população brasileira porque é melhor votar num candidato da oposição e não na continuidade do atual governo. E eu acho que nós temos todas as condições de mostrar que podemos fazer um governo mais eficiente, um governo com planejamento e com mais força política no sentido de viabilizar as reformas que ficaram no meio do caminho", disse Aécio no sábado, em Sete Lagoas (MG).
Serra falou pela primeira vez como candidato ao jornalista José Datena, no programa SP Acontece, da rede Bandeirantes. O governador paulista elogiou o fim do mandato do presidente Lula e disse que se lançará candidato no fim de abril.
Aécio Neves, que descartou ocupar a vice na chapa de Serra e vai concorrer ao Senado, criticou a ideia do PT de promover uma eleição plebiscitária. "Importante não é uma disputa entre quem fez mais, se Lula ou FHC. Isso não interessa às pessoas. Isso não bota comida na mesa de ninguém. Isso não gera um emprego", afirmou.
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sábado, 20 de março de 2010
Pesquisa CNI Ibope mostra consolidação de Serra
Lançamento da pré- candidatura tucana
deverá ser no dia 10 em Brasília
- Ao avaliar a pesquisa Ibope sobre sucessão presidencial, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), destacou a consolidação do candidato tucano, o governador José Serra (SP). A declaração aconteceu em conversa com internautas do Twitter. Ferramenta, aliás, que, segundo ele, está definitivamente incorporada à campanha do partido.
Para o senador, os números não mostram mudanças importantes. "José Serra não fez outra coisa senão manter suas intenções de voto. Em setembro, Serra tinha 35% das intenções de voto. Em novembro, subiu para 38%. Agora, em março, 35%", analisa. Ao mesmo tempo, a ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, registrou o crescimento – de 17%, em novembro de 2009 para 30%, em março – já era esperado tanto pela super-exposição que tem tido e, principalmente, em função da campanha ilegal que tem feito.
De acordo com a pesquisa, Serra lidera com 35% da preferência do eleitorado, contra 30% da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT. O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem 11%. A senadora Marina Silva (PV-AC) aparece com 6%. O Ibope ouviu 2.002 pessoas entre os dias 6 e 10 de março, em 140 municípios.
Guerra anunciou ainda que José Serra deve lançar sua candidatura à Presidência no dia 10 de abril. "O governador de São Paulo, José Serra, deverá anunciar a sua candidatura no próximo dia 10 em um grande evento em Brasília", disse.
Veja abaixo trechos da entrevista:
ANÁLISE ELEITORAL
Primeira avaliação: José Serra manteve suas intenções de voto. Em setembro, Serra tinha 35%, segundo o mesmo Ibope. Em novembro, subiu para 38%. Agora, em março, 35%. Mantivemos uma posição estável, com o governador em São Paulo, sem andar pelo Brasil, sem aparecer nas redes de televisão, senão governando seu próprio estado.
O governador tomou essa decisão de governar São Paulo. Não foi fácil porque havia pressão para ele sair, da mesma maneira que havia necessidade que ele ficasse em São Paulo. Essa necessidade ficou mais que evidente com as chuvas que caíram sobre São Paulo de maneira brutal nos últimos meses. Serra operou esse tempo todo como governador, não operou como candidato, não se deslocou como candidato, não apareceu nas grandes redes de televisão, senão algumas vezes cuidando dos problemas de São Paulo.
Nesse mesmo período, a ministra Dilma andou o Brasil inteiro numa campanha ilegal, no avião do presidente, com combustível da União, nas festas que a União paga, feita pelos estados. É gente do PT que está sempre presente nessas festas e são movimentadas de um lugar para o outro, para comparecer e dar a sua palavra. E nós não fizemos nada disso.
A ministra Dilma, cresceu, mas o que cresceu muito foi o conhecimento do povo brasileiro de que ela é candidata. Aliás, eu não conheço nenhum eleitor da Dilma, eu conheço eleitores do Lula que votam na Dilma. A Dilma, em novembro, era muito conhecida por 30% dos brasileiros. Agora, em março, ela é muito conhecida por 44% dos brasileiros. Nesse período, 14% a mais de muito conhecimento dos brasileiros. Ficou cada vez mais conhecida como candidata do Lula: quase 60% dos brasileiros já sabem que a Dilma é candidata do Lula, espontaneamente. É claro que isso dá a ela o crescimento, que nós sempre prevíamos e que apenas se confirmou de maneira muito moderada, inclusive.
Não tem mais esse fantasma de que quando as pessoas forem informadas de que a Dilma é a candidata do Lula, ela vai ter um crescimento enorme. Todos, ou quase todos, já sabem que ela é a candidata do Lula.
Nós temos pesquisas toda semana, todo tempo, em várias áreas do Brasil. Vou dar o exemplo do Rio Grande do Sul. Lá nós aparecemos nessa pesquisa com 2% a mais sobre a ministra Dilma. Temos uma pesquisa feita no Paraná pouco tempo atrás. Nós temos 46%, a ministra Dilma 18%. Esse cenário, aliás, eu posso reproduzir no nordeste.
Pesquisas locais estão dando um resultado, pesquisas nacionais estão dando outro. No Centro-Oeste também. No Centro-Oeste, eu vi pesquisas agora do Goiás, grande maioria para nós. Do Mato Grosso, maioria folgada para nós. E do Mato Grosso do Sul, maioria confortável. Apesar disso, a gente tem uma posição que não parece tão brilhante nas pesquisas nacionais.
DE ONDE VEIO O CRESCIMENTO
A Dilma subiu 15 pontos percentuais de setembro a março. Sabe de onde veio o voto da Dilma? 6 pontos do Ciro, 2 pontos da Marina, que não fizeram campanha. Só quem faz campanha é a Dilma. Outros 6 pontos percentuais ela foi buscar em brancos e nulos e 2 pontos em pessoas que estavam desinformadas.
Nem 1 (um ponto percentual) do Serra. As intenções de votos de Serra estão totalmente confirmadas. Por muito mais do que um em cada três brasileiros. Essa posição nos dá muita confiança para começar a campanha. Vamos começar a campanha na lei, coisa que eles não fazem. E vamos fazer o que o povo espera que seja feito logo adiante.
O povo vai olhar para a candidata e dizer: Não é a Lula, é a Dilma Rousseff. Esse aqui é o José Serra. José Serra é um cara que começou a vida na política estudantil. Foi presidente da UNE, no tempo em que a UNE era uma instituição que representava verdadeiramente os estudantes. Depois foi exilado.
Volta para o Brasil e disputa eleição de deputado federal. Foi um dos melhores deputados federais que a Câmara já viu. Depois senador, prefeito, ganha eleição, perde eleição. Vai ser ministro da Saúde, o melhor ministro da Saúde que o Brasil já teve. Assume a prefeitura de São Paulo e dá um banho. Agora, no governo do Estado de São Paulo, o governo de SP investe mais do que a União inteira em todo o Brasil, no famoso PAC da Ministra, que não rende nada além de propaganda. Então, eu estou certo de que estamos em um bom caminho. Essas pesquisas são pesquisas do momento e são boas para nós.
LANÇAMENTO DA CANDIDATURA
Estamos trabalhando com a hipótese de lançá-lo, e os partidos fazerem esse lançamento, no dia 10 de abril. Quando o Serra sair do governo, vem a Semana Santa. Quando terminar a Semana Santa, ele será candidato. Nada mais lógico, mais tranqüilo, mais seguro e mais correto.
O anúncio será em Brasília. Brasília é a capital do Brasil, aqui é a síntese das influências brasileiras e é da tradição brasileira que as campanhas sejam lançadas aqui. Nós vamos lançar a campanha do nosso candidato aqui, com brasileiros de todo lugar.
AVALIAÇÃO DOS CENÁRIOS ESTADUAIS
Nós estamos muito mais competitivos nessa eleição do que estivemos na eleição passada. E bem mais competitivo do que o Partido dos Trabalhadores. Nós vamos disputar a eleição em São Paulo e ganhar a eleição em São Paulo, com o candidato do PSDB. Em Minas Gerais, nosso candidato, Antonio Anastasia, já beira os 20% das intenções de voto. Eu não tenho dúvida de que o candidato de Aécio, o Anastasia, que é um grande cara, um grande administrador público, vai ter uma grande vitória lá.
No Paraná, eu não duvido um segundo da nossa vitória. Pesquisas nos dão uma grande margem e nosso candidato, prefeito Beto Richa, está crescendo, já abriu 10% sobre os concorrentes. Nós vamos disputar para ganhar a eleição no Tocantins, com o governador Siqueira Campos. No Mato Grosso, nosso candidato, lançado nesta semana, Wilson Santos, lidera as pesquisas.
Nós vamos, com muita probabilidade, ganhar a eleição do Goiás. Marconi Perillo está na liderança com folga e os adversários dele não se lançaram ainda. Nós temos muita chance de eleger outros governadores. Enfim, nossa posição nessa campanha, do ponto de vista de eleição de governadores, é de bastante conforto.
Vamos disputar no Rio Grande do Sul. Nossa governadora está crescendo. Ela cresceu 10% nos últimos 30 dias. O povo começa ver o que ela fez como governadora para gaúchos e a campanha que sofreu. O PSDB vai sair muito mais forte nessa eleição do que entrará nela.
INSTRUMENTO DE CAMPANHA
O PSDB vai usar os meios digitais o tempo todo. Essa campanha será nova, vamos fazer uma campanha nova, incorporando ferramentas como Twitter.
Fonte: Agência Tucana
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