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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Confira todos os secretários, na ordem em que foram anunciados por Alckmin
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), concluiu na manhã desta quinta-feira (30) o anúncio dos 26 secretários que irão integrar sua equipe de governo. Os quatro primeiros nomes foram divulgados no dia 16 de novembro. Os 26 secretários tomam posse junto com o governador, no próximo sábado (1º).
Casa Civil - Sidney Beraldo
Formado em administração de Empresas e pós-graduado em Gestão Empresarial. Iniciou a vida pública como vereador (1977-82) e prefeito de São João da Boa Vista (1983/88). Em 1994, elegeu-se deputado estadual pelo PSDB, cargo para o qual foi reeleito em 1998, 2002 e 2006. Foi presidente da Assembleia Legislativa (2003/2005), eleito por unanimidade. Na casa, também exerceu as funções de líder da Bancada do PSDB, líder do Governo Mario Covas e a presidência das Comissões de Cultura, Ciência e Tecnologia e Economia e Planejamento.Foi relator dos projetos de renegociação da dívida do Estado, Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento,Regularização de Mananciais e Privatização das Energéticas. Presidiu o Diretório Estadual do PSDB até dezembro de 2006. De janeiro de 2007 a abril de 2010, foi Secretário Estadual de Gestão Pública. Desligou-se do cargo para assumir a coordenação-geral da campanha de Geraldo Alckmin ao governo do Estado.
Casa Militar – Coronel Admir Gervásio
O coronel Admir Gervásio Moreira, que é bacharel em Ciências Jurídicas, ingressou na Polícia Militar em setembro de 1975. Exerceu as funções chefe da 3ª seção do Estado Maior, foi comandante do policiamento na zona norte na capital paulista e exerceu também o cargo de comandante do Policiamento Metropolitano de São Paulo. Desde maio de 2010, desempenha a função de corregedor da PM. Foi soldado e realizou os cursos de Formação de Oficiais e Superior de Polícia.
Direitos da Pessoa com Deficiência – Linamara Rizzo Battistella
Atual titular da secretaria, foi diretora do Instituto de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IMREA) por mais de 20 anos, antes de ser nomeada Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em 2008. Linamara Rizzo Battistella é médica fisiatra e professora da Faculdade de Medicina da USP. Possui Doutorado e Livre Docência em Fisiatria, sendo responsável por Disciplinas na Graduação e Pós Graduação Médica. É coordenadora do Grupo de Trabalho do Comitê de Humanização do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Saúde – Giovanni Guido Cerri
Atual diretor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), cargo que já exerceu entre 2002 e 2006, é também atual presidente dos Conselhos Diretores do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e do Instituto de Radiologia do HC. e presidente do Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas. Médico radiologista, possui Doutorado e Livre Docência pela FMUSP e é professor titular da instituição.
Desenvolvimento - Guilherme Afif Domingos
É o vice-governador eleito na chapa de Geraldo Alckmin. Afif presidiu a Associação Comercial de São Paulo duas vezes e foi deputado federal constituinte. Formado em administração de empresas pela Faculdade de Economia do Colégio São Luís, presidiu o Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo (Badesp) em 1976, e foi presidente do conselho do SEBRAE em 1995. Foi secretário estadual de Agricultura e Abastecimento (1980) e secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho (2007-2010).
Transporte e Logística - Saulo de Castro Abreu Filho
Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), atuou como professor na mesma universidade. Depois de assumir várias comarcas em cidades do interior e da Grande São Paulo, passou a titular do 1º Tribunal do Júri da Capital. Foi Corregedor Geral da Administração do Governo do Estado de São Paulo (1995-2000), presidente da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem), atual Fundação Casa (2001), e Secretário da Segurança Pública (2002-2006).
Transportes Metropolitanos - Jurandir Fernandes
É formado em engenharia pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e mestre e doutor em engenharia elétrica pela Unicamp. Entre 1993 e 1996, foi Secretário dos Transportes de Campinas e em 1999 foi diretor de planejamento da Dersa. No ano seguinte, foi diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Na gestão Alckmin, entre 2001 e 2006, Fernandes foi o secretário estadual de Transportes Metropolitanos. Foi presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) entre 2001 e 2005. Entre 2007 e 2009, foi presidente da Emplasa (Empresa Metropolitana de Planejamento).
Fazenda - Andrea Sandro Calabi
Foi secretário de Economia e Planejamento na gestão Alckmin (2003-2005), presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (1999-2000) do Banco do Brasil (1999) e do Ipea (1985-1986 e 1995 a 1996). Foi chefe da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e secretário-executivo do MInistério do Planejamento. Nascido em São Paulo, é PhD em Economia na Universidade da Califórnia. É formado em economia pela FEA-USP e concluiu mestrado em economia pelo IPE-USP.
Procuradoria Geral do Estado - Elival da Silva Ramos
Chefiou a Procuradoria Geral do Estado entre 2001 e 2006 durante as gestões Alckmin e Lembo. É bacharel, mestre, doutor e livre-docente em direito pela Universidade de São Paulo, onde atua como professor titular de direito constitucional. Também leciona em cursos de especialização da Escola Superior do Ministério Público, da Escola Paulista de Magistratura, da Escola Superior da Procuradoria Geral do Estado e da Escola Superior de Direito Constitucional. Publicou cinco livros, todos de direito constitucional.
Planejamento - Emanuel Fernandes
Foi secretário de Habitação na gestão Alckmin entre 2005 e 2006. Foi deputado federal reeleito em São Paulo. Foi prefeito de São José dos Campos, no Vale do Paraíba entre 1997 e 2000 e entre 2001 e 2004. É formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, fez mestrado em análise de sistemas e é funcionário do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde trabalhou no programa espacial brasileiro.
Administração Penitenciária - Lourival Gomes
Bacharel em Direito, Lourival Gomes dirige a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Ele foi secretário adjunto da mesma pasta desde 2006. Também foi integrante da Coordenadoria dos Estabelecimentos Penitenciários do Estado (Coespe) entre 1993 e 2000 e foi diretor da Casa de Detenção Professor Flamínio Fávero. Foi professor da Escola de Administração Penitenciária, nas disciplinas Lei de Execução Penal, noções de Direito Penal e controle de crieses. Participou do Conselho Penitenciário do Estado e do Conselho Estadual de Política Criminal e Penitenciária.
Segurança Pública - Antônio Ferreira Pinto
Procurador de Justiça, Antônio Ferreira Pinto dirige a Secretaria da Segurança Pública. Ele começou a carreira no serviço público em 1964 como policial militar em Bauru, no interior de São Paulo, promotor de justiça na área criminal, e secretário adjunto da Secretaria da Administração Penitenciiária de abril de 1993 a julho de 1995. Em 1998, foi promovido a Procurador de Justiça.
Justiça - Eloisa de Souza Arruda
Procuradora de Justiça, é diretora da Escola Superior do Ministério Público (ESMP). Foi promotora do Tribunal Penal Especial de Timor Leste. Graduada em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é mestre e doutora em direito penal pela mesma instituição. Ingressou no Ministério Público em 1985.
Educação - Herman Jacobus Cornelis Voorwald
Nascido em Rio Claro, tem 55 anos. É reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desde janeiro de 2009. Professor titular do Departamento de Materiais e Tecnologia da Unesp, ele é membro do Conselho Superior da Fapesp. Concluiu o mestrado no ITA, o doutorado na Unicamp e o pós-doutorado em uma instituição da Bélgica.
Habitação - Silvio Torres
Nascido em São José do Rio Pardo, é empresário e formado em ciências sociais e jornalismo. Foi prefeito de Rio Pardo entre 1983 e 1988, deputado estadual e quatro vezes deputado federal. Também presidiu o PSDB em São Paulo entre 1995 e 1996.
Emprego e Relações do Trabalho - Davi Zaia
Deputado estadual reeleito para um segundo mandato, Zaia é formado em Filosofia pela PUC-Campinas e possui especialização em Economia do Trabalho pela Unicamp. Foi presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas, da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul e membro do conselho de administração do Banco Nossa Caixa, eleito pelo corpo de funcionários. Em 1992, foi presidente do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). É presidente estadual do PPS desde 2005.
Meio Ambiente - Bruno Covas
Bruno Covas foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2006, com apenas 26 anos. Em 2010, reelegeu-se para o cargo com 239.150 votos, tornando-se o deputado mais bem votado no Estado de São Paulo. É membro efetivo da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa. Atualmente, é presidente nacional da Juventude do PSDB. Natural de Santos, cidade de seu avô Mario Covas, é advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), economista pela PUC-SP e mestrando em Administração Pública e Governo, com foco em Finanças, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Turismo - Márcio França
Márcio França, natural de Santos, foi prefeito da cidade de São Vicente por dois mandatos consecutivos (1997/2004). Em 2006, foi eleito pela primeira vez para o cargo de deputado federal e, logo em seguida, assumiu a liderança do PSB na Câmara dos Deputados. Em 2010, foi reeleito deputado federal. Atualmente, é presidente do PSB no Estado de São Paulo. Filiado ao partido desde 1988, Márcio França também é Secretário Nacional de Finanças do PSB. É formado em Direito pela Universidade Católica de Santos
Saneamento e Recursos Hídricos - Edson Giriboni
Edson Giriboni foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2006 e reeleito em 2010. Atualmente, é vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento. Ex-presidente Comissão de Economia e Planejamento, foi membro efetivo da Comissão de Transportes e Comunicações. Foi vice-prefeito de Itapetininga por dois mandatos (1989-1992/2001-2004 - PV) e engenheiro da Ferrovia Paulista S/A (Fepasa) entre 1977 e 1999, sendo superintendente entre 1994 e 1999. É formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP e Administração de Empresas pela Associação de Ensino de Itapetininga, cidade onde nasceu.
Cultura - Andrea Matarazzo
É administrador de empresas. No setor público, ocupou o cargo de secretário de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo entre 2007 e 2009. Foi subprefeito da Sé (2005/2007) e secretário municipal de Serviços de 2005 a 2006. Exerceu o cargo de embaixador do Brasil na Itália (2001/2002) e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da República (1999/2001). Já ocupou, entre outros, os seguintes cargos: secretário de Energia do governo do estado de São Paulo (1998), presidente da Companhia Energética de São Paulo – CESP (1995/1998), secretário de Política Industrial do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo (1992/1993) e assessor especial do Ministério da Educação e Cultura (1991/1992).
Esportes - Jorge Pagura
Médico especialista em neurocirurgia, concluiu o doutorado na área em 1983 na Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Desde 1990 é professor titular de neurologia e neurocirurgia da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC e atualmente exerce suas atividades no Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital São Luiz, Hospital Santa Paula e Hospital Paulistano. Desde 1996, chefia o serviço de neurocirurgia do Hospital Mario Covas, da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André. Entre 1998 e 2000, foi secretário da Saúde da prefeitura da capital. Em 1999, foi eleito membro presidente da Associação dos Clubes Esportivos e Culturais de São Paulo (ACESC). Desde 2004 é diretor da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBDA). Em 2009, foi eleito membro da Confederação Sul-americana de Natação e membro do Comitê Técnico de pólo aquático da Federação Internacional de Natação. Em 2010, foi nomeado diretor de assuntos médicos da Federação Paulista de Futebol. Chefiou delegações brasileiras de pólo aquático em diversas competições internacionais.
Assistência e Desenvolvimento Social - Paulo Alexandre Barbosa
Deputado estadual reeleito em 2010, sendo o segundo mais votado no estado. Foi secretário-adjunto da Secretaria da Educação na gestão Geraldo Alckmin, quando foi responsável pela implantação do Programa Escola da Família. Natural de Santos, é formado em direito pela Universidade Metropolitana de Santos. Foi assessor na Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer e, em 2002, ocupou o posto de assessor especial do secretário estadual da Educação. No mesmo ano, foi diretor de Projetos Especiais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
Edson Aparecido
Desenvolvimento e Gestão Metropolitana - Edson Aparecido
Deputado federal reeleito em 2010, é formado em história pela PUC-SP. Nascido na Zona Leste da capital, iniciou sua vida política na década de 70 no movimento estudantil. Exerceu mandato de deputado estadual por duas legislaturas (1998/2006), quando foi líder do governo na gestão Geraldo Alckmin. É um dos fundadores do PSDB. Foi assessor do ministro Sérgio Motta. Atuou na coordenação das campanhas de Mario Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. Também presidiu os diretórios estadual e municipal do PSDB de São Paulo. Atualmente, é vice-presidente nacional do PSDB.
Agricultura - João Sampaio Filho Atual secretário, é formado em economia pela Faculdade Álvares Penteado (Faap). Foi presidente da Sociedade Rural Brasileira, entre 2002 e 2007. Ocupou os seguintes cargos:presidente da Associação dos Produtores de Borracha de Mato Grosso 1994 e 1998; presidente da Comissão Nacional da Borracha da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) entre os anos 1996 e 2002; vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo; vice-presidente da Associação Paulista dos Produtores de Borracha e conselheiro da Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto
Energia - José Aníbal Deputado federal reeleito em 2010 para o quinto mandato, foi líder do PSDB da Câmara dos Deputados quatro vezes, presidente nacional do PSDB e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Também foi vereador e líder do governo na Câmara Municipal. Foi secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico nos governos Mario Covas e Geraldo Alckmin. Foi coordenador do programa de governo de Alckmin. É economista, formado pela Sorbonne, na França.
Gestão Pública - Júlio Semeghini Engenheiro formado pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), atua no setor de informática e telecomunicações há mais de 25 anos. Deputado federal, foi reeleito este ano para seu quarto mandato. Ocupou a presidência da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) na gestão Mario Covas. Também presidiu a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.
domingo, 26 de dezembro de 2010
CONGRESSO FAZ CORTE NA ÁREA SOCIAL PARA FINANCIAR TURISMO
Verbas para urbanização de favelas e erradicação do trabalho infantil foram principal alvo no Orçamento, mostra Contas Abertas
Por: Marta Salomon - O Estado de S.Paulo
O País tem 15,1 milhões de famílias vivendo em favelas, mas as verbas públicas originalmente destinadas à urbanização e à regularização dos chamados "assentamentos precários" estão entre os principais alvos de cortes promovidos por deputados e senadores para financiar gastos maiores em turismo, durante a votação no Orçamento da União para 2011.
Levantamento feito pela ONG Contas Abertas detalha os programas que encolheram para dar espaço às emendas parlamentares. A lista dos programas de governo que foram ao sacrifício é encabeçada pelos investimentos em ciência e tecnologia, que deveriam melhorar a competitividade da indústria brasileira e incluíam a instalação de laboratórios de nanotecnologia, por exemplo.
Dos pouco mais de R$ 3 bilhões previstos originalmente, a autorização de gastos do programa no ano que vem minguou para R$ 2,6 bilhões. A lista de cortes inclui o programa de erradicação do trabalho infantil, embora dados oficiais mais recentes ainda registrem quase 1 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos trabalhando.
O programa que mais ganhou verbas dos deputados e senadores leva o nome de Turismo Social no Brasil, uma Viagem de Inclusão. Na passagem do Orçamento pelo Congresso, as autorizações de gastos para 2011 mais do que quadruplicaram, ao passarem de R$ 614 milhões para R$ 2,7 bilhões.
Sem constrangimento. As regras de discussão e votação do Orçamento do Congresso poupam deputados e senadores do constrangimento de apontar publicamente a origem dos recursos para cada uma de suas emendas individuais. Essa indicação é obrigatória apenas para parte das emendas apresentadas por bancadas estaduais ou comissões temáticas do Congresso.
Mas a origem dos recursos aparece no levantamento do Contas Abertas. A revisão da expectativa de arrecadação de tributos e cortes em vários programas bancam as emendas dos parlamentares, que destinam dinheiro público de acordo com seus interesses e de suas bases políticas.
Questionada sobre o corte de programas relevantes, a relatora do Orçamento, Serys Slhessarenko (PT-MT) esquivou-se da responsabilidade. "Eu não cortei, tem de ver quem cortou, não fui eu." No caso do programa de erradicação do trabalho infantil, o corte foi feito pela comissão setorial do Orçamento. "Eu assumo os relatórios setoriais, mas não posso fazer nada", insistiu a relatora.
Entre os programas que mais encolheram entre a proposta original do Orçamento encaminhada pelo governo ao Congresso e o relatório final está pelo menos uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): a transposição do Rio São Francisco perdeu 13% das autorizações de gasto propostas pelo governo.
Saneamento. A oferta de saneamento em municípios com até 30 mil habitantes entrou na lista dos cortes e contribui com R$ 156 milhões para financiar emendas de interesse dos parlamentares. O valor é menor do que o cortado do programa de qualidade ambiental, que financiará a modernização do processo de licenciamento ambiental e ações de combate aos efeitos do aquecimento global com R$ 200 milhões a menos do que sua previsão original de gastos.
A lista de cortes inclui ainda o programa de segurança de voo e controle do espaço aéreo, do Ministério da Defesa. Cortes nesse programa foram ingrediente da crise dos controladores de voo, deflagrada no fim de 2006, depois da queda de um avião da Gol, que se chocara com um jato da Embraer.
Por: Marta Salomon - O Estado de S.Paulo
O País tem 15,1 milhões de famílias vivendo em favelas, mas as verbas públicas originalmente destinadas à urbanização e à regularização dos chamados "assentamentos precários" estão entre os principais alvos de cortes promovidos por deputados e senadores para financiar gastos maiores em turismo, durante a votação no Orçamento da União para 2011.
Levantamento feito pela ONG Contas Abertas detalha os programas que encolheram para dar espaço às emendas parlamentares. A lista dos programas de governo que foram ao sacrifício é encabeçada pelos investimentos em ciência e tecnologia, que deveriam melhorar a competitividade da indústria brasileira e incluíam a instalação de laboratórios de nanotecnologia, por exemplo.
Dos pouco mais de R$ 3 bilhões previstos originalmente, a autorização de gastos do programa no ano que vem minguou para R$ 2,6 bilhões. A lista de cortes inclui o programa de erradicação do trabalho infantil, embora dados oficiais mais recentes ainda registrem quase 1 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos trabalhando.
O programa que mais ganhou verbas dos deputados e senadores leva o nome de Turismo Social no Brasil, uma Viagem de Inclusão. Na passagem do Orçamento pelo Congresso, as autorizações de gastos para 2011 mais do que quadruplicaram, ao passarem de R$ 614 milhões para R$ 2,7 bilhões.
Sem constrangimento. As regras de discussão e votação do Orçamento do Congresso poupam deputados e senadores do constrangimento de apontar publicamente a origem dos recursos para cada uma de suas emendas individuais. Essa indicação é obrigatória apenas para parte das emendas apresentadas por bancadas estaduais ou comissões temáticas do Congresso.
Mas a origem dos recursos aparece no levantamento do Contas Abertas. A revisão da expectativa de arrecadação de tributos e cortes em vários programas bancam as emendas dos parlamentares, que destinam dinheiro público de acordo com seus interesses e de suas bases políticas.
Questionada sobre o corte de programas relevantes, a relatora do Orçamento, Serys Slhessarenko (PT-MT) esquivou-se da responsabilidade. "Eu não cortei, tem de ver quem cortou, não fui eu." No caso do programa de erradicação do trabalho infantil, o corte foi feito pela comissão setorial do Orçamento. "Eu assumo os relatórios setoriais, mas não posso fazer nada", insistiu a relatora.
Entre os programas que mais encolheram entre a proposta original do Orçamento encaminhada pelo governo ao Congresso e o relatório final está pelo menos uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): a transposição do Rio São Francisco perdeu 13% das autorizações de gasto propostas pelo governo.
Saneamento. A oferta de saneamento em municípios com até 30 mil habitantes entrou na lista dos cortes e contribui com R$ 156 milhões para financiar emendas de interesse dos parlamentares. O valor é menor do que o cortado do programa de qualidade ambiental, que financiará a modernização do processo de licenciamento ambiental e ações de combate aos efeitos do aquecimento global com R$ 200 milhões a menos do que sua previsão original de gastos.
A lista de cortes inclui ainda o programa de segurança de voo e controle do espaço aéreo, do Ministério da Defesa. Cortes nesse programa foram ingrediente da crise dos controladores de voo, deflagrada no fim de 2006, depois da queda de um avião da Gol, que se chocara com um jato da Embraer.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
PSDB APRESENTA TRÊS NOMES PARA LIDERANÇA DA CÂMARA
Uma reunião nesta quinta-feira (9) entre a bancada de deputados do PSDB definiu três nomes para a disputa da liderança do partido da Câmara a partir do ano que vem: Otávio Leite (RJ), Duarte Nogueira (SP) e Paulo Abi Ackel (MG).
A eleição está marcada para 26 de janeiro, segundo o atual líder, João Almeida (BA). O favorito para ocupar o cargo é o deputado reeleito Duarte Nogueira, que abriu mão do cargo em fevereiro deste ano para dar preferência a Almeida.
Em conversa com a imprensa, o líder criticou a formação de blocos entre deputados e se posicionou a favor de que o PT assuma a presidência da Câmara. Almeida não acredita na possibilidade de PT e PMDB lançarem cada um seu candidato para a disputa o que, para ele, seria um “completo desatino”.
- Não tem cabimento turvar o resultado da urna com formação de blocos. Nas democracias mais avançadas nem há discussão disso e nós sempre apoiamos a ideia que o maior partido deve indicar o presidente.
Almeida criticou os nomes até agora anunciados pela presidente eleita Dilma Rousseff para seu ministério e ironizou a relação dos membros escolhidos com o governo Lula.
- Nada surpreende. E eu estou até imaginando que a qualquer hora a presidente Dilma possa confirmar o presidente Lula. É um governo todo vinculado ao presidente Lula e aos seus compromissos.
O deputado negou que o PSDB esteja discutindo uma “refundação” do partido e disse que a hora é de fortalecimento.
- Temos que retomar as convenções municipais regularmente. [...] Isso que dá unidade ao partido. Nenhum partido resiste nem cresce se transforma-se em uma agência eleitoral, em que as pessoas se inscrevem no partido para ser candidato.
Fonte: Priscilla Mendes - R7
A eleição está marcada para 26 de janeiro, segundo o atual líder, João Almeida (BA). O favorito para ocupar o cargo é o deputado reeleito Duarte Nogueira, que abriu mão do cargo em fevereiro deste ano para dar preferência a Almeida.
Em conversa com a imprensa, o líder criticou a formação de blocos entre deputados e se posicionou a favor de que o PT assuma a presidência da Câmara. Almeida não acredita na possibilidade de PT e PMDB lançarem cada um seu candidato para a disputa o que, para ele, seria um “completo desatino”.
- Não tem cabimento turvar o resultado da urna com formação de blocos. Nas democracias mais avançadas nem há discussão disso e nós sempre apoiamos a ideia que o maior partido deve indicar o presidente.
Almeida criticou os nomes até agora anunciados pela presidente eleita Dilma Rousseff para seu ministério e ironizou a relação dos membros escolhidos com o governo Lula.
- Nada surpreende. E eu estou até imaginando que a qualquer hora a presidente Dilma possa confirmar o presidente Lula. É um governo todo vinculado ao presidente Lula e aos seus compromissos.
O deputado negou que o PSDB esteja discutindo uma “refundação” do partido e disse que a hora é de fortalecimento.
- Temos que retomar as convenções municipais regularmente. [...] Isso que dá unidade ao partido. Nenhum partido resiste nem cresce se transforma-se em uma agência eleitoral, em que as pessoas se inscrevem no partido para ser candidato.
Fonte: Priscilla Mendes - R7
CARTA DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO ENVIADA AO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO
Calúnias
Li com espanto a entrevista do sr. Gilberto Carvalho publicada neste jornal na edição de domingo passado (“Ninguém engana a Dilma nem põe faca no pescoço dela”, 5/12, A10). Espanto porque imaginei que o entrevistado devesse estar mais preocupado em se defender de insinuações que podem manchar a sua biografia ─ a de haver sido receptador de propinas extorquidas por um bando de seus companheiros de partido que teriam usado a administração petista de Santo André para obter recursos para uso político, como afirmam procuradores estaduais ─ do que em dar curso a calúnias contra mim.
Lula, segundo o entrevistado, recusa o termo “mensalão” para caracterizar os desatinos praticados nas relações entre seu governo e a Câmara dos Deputados, quando da alegada compra de apoios políticos. Na verdade, trata-se de mero jogo de palavras para negar a periodicidade da propina, e não sua existência. Artifício semelhante a outro ─ este com consequências jurídicas maiores ─ quando afirmou que o dinheiro utilizado naquelas práticas teria sido obtido de “sobras de campanha”, esquecendo-se de que houve transações entre poder público e agentes privados como no caso da Visanet.
Para melhorar a imagem presidencial, Gilberto Carvalho diz que Lula, ao negar que seu governo tenha comprado votos, me acusa nominalmente de tê-lo feito para aprovar a emenda da reeleição. Ora, jamais houve qualquer indício nem qualquer afirmação direta de que eu assim procedera. Mais ainda, os rumores sobre uma escuta telefônica feita entre deputados de um Estado que estariam envolvidos em tais práticas aberrantes surgiram num jornal meses depois de aprovada a referida emenda, com votação avassaladora ─ 80% no Senado e margem de mais de 20 votos acima dos 308 requeridos na Câmara.
No caso, a referida escuta teria feito alusão ao primeiro nome de um de meus ministros. Para evitar dúvidas o ministro eventualmente aludido foi, por decisão própria, à Comissão de Justiça da Câmara, prestou todos os esclarecimentos e desafiou quem dissesse o contrário da verdade, que era sua inocência. Posteriormente, três ou quatro deputados ─ mais tarde ligados à base do governo Lula ─ renunciaram a seus mandatos para evitar cassações, confessando culpa, mas sem qualquer envolvimento do PSDB e muito menos do governo ou meu.
Se não fosse o suficiente ser um procedimento contrário à ética, mesmo em termos pragmáticos, seria de todo descabido comprar o que era, explicitamente, oferecido: a opinião pública, os editoriais de toda a mídia e a maioria avassaladora do Congresso Nacional eram favoráveis à emenda da reeleição, contra a qual se batiam isoladamente o PT e os “malufistas”, pela razão de haver nessas correntes quem quisesse disputar as eleições presidenciais e temesse minha força eleitoral, comprovada na reeleição em primeiro turno em 1998. Estes são os fatos.
Custa-me a crer que Lula, para se defender do indefensável no caso do mensalão, ataque a honra de um ex-presidente que foi seu amigo nas horas difíceis e que não usa de artimanhas para desacreditar adversários. Dói mais ainda que pessoas como Gilberto Carvalho ecoem o sabidamente falso para endeusar o chefe. Sinal dos tempos, que arrastam mesmo os que parecem ser melhores a cair na calúnia, na mesquinharia e na mediocridade.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
BANCADA DO PSDB VAI DISCUTIR ESTRATÉGIAS PARA A PROXIMA LEGISLATURA
DEPUTADOS SE ENCONTRAM NO PROXIMO DIA 9 DE DEZEMBRO EM BRASILIA.
A Liderança do PSDB na Câmara dos Deputados reúne no próximo dia 9 de dezembro a atual bancada do partido e os deputados eleitos para a próxima legislatura. O atual líder tucano na Casa, João Almeida (BA), informa que o encontro no Hotel Brasília Palace, das 9h às 16h, será para a apresentação dos parlamentares e discussão de estratégias de atuação na próxima legislatura.
“O primeiro objetivo é o entrosamento da bancada. A reunião permitirá conhecermos uns aos outros e o perfil de cada um. O segundo objetivo é buscar o alinhamento do ponto de vista político, discutir as metas para o próximo ano e a ação da bancada, que terá a importante missão de exercer a liderança da oposição na Câmara dos Deputados”, explicou Almeida. Além desses assuntos, na parte da manhã os tucanos analisarão a atual conjuntura política.
À tarde, os parlamentares debaterão o Estatuto da Bancada. De acordo com o líder tucano, a ideia é atualizar o texto, colher sugestões, debatê-las e aprová-las. Há possibilidade de emendas ao Estatuto, apresentação de novas ideias, inclusive aquelas já discutidas em outras oportunidades, mas que não foram consolidadas. “A ideia é fazer um estatuto que todos conheçam, aprovem e que vá ser aplicado”, explicou Almeida. Na reunião, ainda serão discutidas a formação da Mesa Diretora, das Comissões e de Blocos na Câmara, além da escolha da data de eleição do líder do PSDB na Casa em 2011.
A atual bancada tucana tem 58 integrantes em exercício, a terceira maior da Câmara. Em outubro, o PSDB elegeu 53 deputados federais. Desses, 28 se reelegeram e outros 25 exercerão o mandato pela primeira vez ou retornarão ao órgão do Poder Legislativo. Com o resultado obtido nas urnas, o partido continuará como a terceira maior bancada na 54ª Legislatura (2011-2015), atrás apenas de PT (88) e PMDB (79).
Fonte: Diário Tucano
A Liderança do PSDB na Câmara dos Deputados reúne no próximo dia 9 de dezembro a atual bancada do partido e os deputados eleitos para a próxima legislatura. O atual líder tucano na Casa, João Almeida (BA), informa que o encontro no Hotel Brasília Palace, das 9h às 16h, será para a apresentação dos parlamentares e discussão de estratégias de atuação na próxima legislatura.
“O primeiro objetivo é o entrosamento da bancada. A reunião permitirá conhecermos uns aos outros e o perfil de cada um. O segundo objetivo é buscar o alinhamento do ponto de vista político, discutir as metas para o próximo ano e a ação da bancada, que terá a importante missão de exercer a liderança da oposição na Câmara dos Deputados”, explicou Almeida. Além desses assuntos, na parte da manhã os tucanos analisarão a atual conjuntura política.
À tarde, os parlamentares debaterão o Estatuto da Bancada. De acordo com o líder tucano, a ideia é atualizar o texto, colher sugestões, debatê-las e aprová-las. Há possibilidade de emendas ao Estatuto, apresentação de novas ideias, inclusive aquelas já discutidas em outras oportunidades, mas que não foram consolidadas. “A ideia é fazer um estatuto que todos conheçam, aprovem e que vá ser aplicado”, explicou Almeida. Na reunião, ainda serão discutidas a formação da Mesa Diretora, das Comissões e de Blocos na Câmara, além da escolha da data de eleição do líder do PSDB na Casa em 2011.
A atual bancada tucana tem 58 integrantes em exercício, a terceira maior da Câmara. Em outubro, o PSDB elegeu 53 deputados federais. Desses, 28 se reelegeram e outros 25 exercerão o mandato pela primeira vez ou retornarão ao órgão do Poder Legislativo. Com o resultado obtido nas urnas, o partido continuará como a terceira maior bancada na 54ª Legislatura (2011-2015), atrás apenas de PT (88) e PMDB (79).
Fonte: Diário Tucano
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